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Exposição digital Memórias de uma epidemia — Parte 2, coletivos em solidariedade

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Mostra conta como o diálogo entre academia, políticas públicas e sociedade civil respondeu à epidemia e lutou contra estigmas

O Museu da Diversidade Sexual — MDS, instituição vinculada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, com gestão da Organização Social Amigos da Arte, recebe a exposição Memórias de uma Epidemia: Coletivos em Solidariedade.


Desde o início da epidemia, quando a AIDS começou a tomar forma nas páginas de jornais e revistas, três características da doença ganharam destaque: sua natureza contagiosa, sua aparente incurabilidade e seu desfecho fatal.

Essas características, associadas a discursos morais, tornaram-se linguagem para a construção de metáforas do preconceito e da discriminação, vinculando noções de doença, contaminação, sujeira e perversão sexual e relacionando a ideia de contágio à transgressão.

A chamada epidemia de aids, não por ela mesma, mas pelo que dela se disse e inventou, quis fazer do amor uma articulação política e da morte uma métrica obscena. Quis traduzir o coração como órgão corporal e encenar a cidadania como um espírito moral sobre o qual se pode baixar facilmente as cortinas que isolam o tablado da tragédia como simples espaço neutro para ação humana. A eternidade possível é a transmissão do brilho de cada ator humano ao que lhe sucede em cena: este ato de transmissão é o que chamamos de SOLIDARIEDADE. Herbert Daniel

Ao mesmo tempo, a metáfora contagiosa da aids também foi potente para coletivos de resistência contra a epidemia. Deslocado do discurso estigmatizante, o contágio tornou-se expressão das relações, encontros e trocas afetivas para a construção da importância da vida e de vivê-la plenamente.

Além de compartilhar o luto da perda das vidas, eram nas ações solidárias e convívio nas comunidades onde era possível vivenciar a AIDS coletivamente.

Da criação do Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS de São Paulo em 1985 a coletivos contemporâneos, o horizonte ético-afetivo-político da solidariedade foi base para a construção de grupos e redes.

Em constante diálogo com a academia e as políticas públicas, a sociedade civil organizada produziu várias expressões, se reunindo em torno de diferentes identidades e bandeiras. Essa pluralidade foi fundamental para a resposta à epidemia e permanece como aprendizado ainda hoje.

Matheus Emílio Pereira da Silva e Remom Matheus Bortolozzi

Veja a exposição aqui.

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